«Simpatizo com o espírito blasfemo das declarações de José Saramago na apresentação do romance Caim, mas também me parece que se trata de um truque de marketing relativamente gasto e cansado (por muito que a Igreja continue a morder o isco), e que criticar o catolicismo é uma actividade que não carece, hoje, de especial coragem. [...] A esmagadora maioria dos católicos não segue a Bíblia e está-se a borrifar para as encíclicas e ordens papais. Usam preservativo e pecam (...)
Estamos todos a deixar-nos levar pelo jogo de Saramago. Entramos em campo de sorriso no rosto e, no íntimo, achamos mesmo que vamos sair vitoriosos. Mas, na verdade, todos perdemos. Incluindo Saramago. O capítulo mais recente é assinado (...)
Saramago tem todo o direito de publicar Caim e ainda bem que escreveu o excelente Evangelho. Mas quando, nas suas declarações, está permanentemente a atacar crentes, religiões, a Igreja e o que mais aparece à frente, deve contar com a possibilidade de haver reacções.
É verdade que Saramago chegou a um ponto, a uma idade se preferirem, que pode dizer o que lhe apetece, sem se preocupar se vai agradar ou chocar. Mas por isso mesmo, depois, por favor, não se vitimize. Isso (...)
O Senhor Palomar esclarece que nada tem contra Rogério Casanova, pelo que, por maioria de razão, não é autor desta plataforma. Como ficou claro pelo texto aqui escrito, o Senhor Palomar admira, e muito, Rogério Casanova. Apenas não embarca em faltas de educação.
Espera, assim, o Senhor Palomar ter esclarecido os leitores que o questionaram, (...)
Rogério Casanova está enganado. O seu testemunho é dúbio e, contrariamente ao que diz, a interpretação de Hélder Beja é legítima. Ou isso ou o Senhor Palomar e Hélder Beja (e já são dois) são incapazes de «perceber […] o que vem antes e depois na mesma frase». Ao ler as primeiras (...)